quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Entrevista ao Garagem do Faustão (Globo)





Não há quem não reconheça a voz de Paula Fernandes, intérprete de várias trilhas de novela, como Escrito nas Estrelas e Araguaia. Mas a história da mineira, que se mudou com a família para São Paulo quando tinha 12 anos de idade para investir na carreira musical, mudou depois que cantou ao lado de Roberto Carlos.

A cantora e compositora foi uma das convidadas do Especial do Rei, exibido pela TV Globo em dezembro de 2010, e esta oportunidade fez com que todo o Brasil conhecesse a dona de um talento que merece o destaque que está tendo atualmente.


Em entrevista exclusiva, Paula fala de sua trajetória, dos ídolos que viraram fãs e dos sonhos para o futuro, que inclui uma parceria internacional com o cantor da banda U2M Bono Vox. Confira o bate-papo a seguir com o blog garagem do Faustão.


Garagem – Profissionalmente, o que te acrescentou o fato de começar uma carreira artística jovem?

Paula Fernandes – Acrescentou, porque hoje tenho a experiência que não teria se tivesse começado aos 20 anos. Eu acabei pulando uma fase da minha vida, porque eu tive que ter muita responsabilidade desde muito cedo. Quando era adolescente, eu fazia as festinhas ao invés de me divertir nelas, porque eu sempre cantava. Hoje, eu tento resgatar um pouco disso brincando muito com minha equipe.  A gente se diverte com jogos e vídeo game e não vejo mal nenhum nisso, porque nos alivia de todos os problemas.

G – Você compõe músicas em vários estilos, inclusive sertanejo. Há um estereótipo na carreira sertaneja: duplas formadas por homens. Você acha que a mulher que canta este gênero musical sozinha tem maiores dificuldades de conquistar a credibilidade do grande público, da crítica e da mídia?

PF – Acho que a mulher enfrenta um preconceito cultural, mas vivemos um momento de renovação e eu me sinto como uma representante para tantas. É uma grande responsabilidade: uma mulher compondo; é um jeito diferente de falar de amor.

G - Ainda falando sobre os elogios e os grandes nomes da música nacional, você comentou algumas vezes que seus ídolos viraram seus fãs. Como é essa relação? Como foi o seu primeiro encontro musical com um ídolo?
PF – O primeiro foi com o Leonardo. Ele é muito bem humorado. Outro parceiro foi o Zezé di Camargo, que descobriu meu trabalho e hoje acompanha a minha carreira. O Victor, da dupla Victor e Leo, é uma amigo de longa data. Além de Almir Sater e Sérgio Reis que sempre admirei. Todos são meus ídolos e hoje me ligam para saber como estou e como anda a minha carreira.

PF – Estar ao lado dele foi a melhor coisa que me aconteceu, porque ele assinou embaixo, principalmente por ser uma artista com o rosto desconhecido. Ele me apresentou diante da luz dele para que eu pudesse seguir a minha.


G - Depois de cantar com Roberto Carlos, com qual outro nome da música você tem vontade de fazer uma parceria?
PF – Uma internacional seria ótima! Taylor Smith seria muito bacana ou um encontro com o Bono Vox. O U2 está vindo aí e sonhar não custa nada!

G – A música ainda é o sonho e o meio de trabalho de muita gente. Você tem alguma dica ou recado que deixaria para a galera da Garagem do Faustão?

PF – Acho que a gente tem que ter o senso de que você acha que realmente é bom naquilo. Se você acha que agrada as pessoas, então vá em frente. O meu caminho foi longo, mas muito digno. Isso é uma coisa que eu quero passar para os meus filhos.

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